Ao todo, 23% dos
brasileiros têm pressão alta, de acordo com o Ministério da Saúde. A doença
silenciosa pode causar muitas complicações e até matar.
Um dos grandes vilões
da doença está na mesa e, sobretudo, nos alimentos industrializados que comemos
sem dar atenção para as informações no pacote. Alguns têm tanto sal que já
seria suficiente para preencher toda a necessidade diária. Você sabe qual é o
máximo de sal que podemos consumir?
Melhor que o
videogame só a batatinha do lanche, mas os meninos seguram a onda.
“Eu sempre dou uma
beliscadinha, mas sempre como o suficiente para cada porção”, conta João Victor
Xavier, de 13 anos.
Tanto cuidado se
explica: os garotos têm histórico familiar de pressão alta.
O grande vilão está
bem ao alcance da mão. Difícil é saber e controlar a quantidade de sal que a
gente deve colocar na comida. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é
uma colher de chá para medir e não pode exagerar.
A questão é o sal que
está lá, escondido na bolacha, no salgadinho. Rosy sabia do problema, mas não o
quanto ele representava. A doutora Frida Plavnik, que faz parte da Sociedade
Brasileira de Hipertensão, inspecionou a geladeira, os armários.
“Cada unidade dentro
desse pacote equivale a 8% da quantidade diária que você deve ingerir. Se você
consumir uma embalagem inteira, imagine o quanto de sódio você ingeriu sem
perceber, e quanto isso te dá de resto para você poder comer ao longo do dia”,
explica.
Então o negócio é
ficar de olho no rótulo dos produtos: metade do pacotinho de batata tem 3% da
quantidade diária de sal que a gente precisa. Uma barrinha de biscoito
recheado, 2%.
A dona de casa Rosy
Xavier levou um susto com a pipoca. “Ela contou-me que tem 10% de sal de sódio
em uma xícara desta pipoca. Não eu não tinha me dado conta disso”, conta.
É o sal, a falta de
atividade física e a obesidade que estão piorando a saúde da população em todo
o planeta. Um em cada três adultos tem pressão alta, segundo a Organização
Mundial da Saúde.
No Brasil, o
Ministério da Saúde fez uma pesquisa no ano passado, e 23% dos participantes
disseram ter hipertensão. A doença pode causar complicações no sistema
cardiovascular e até levar a morte.
“Sete milhões das
mortes do mundo são decorrentes da hipertensão. No Brasil, as doenças
cardiovasculares são a principal causa de morte e a hipertensão está por trás
de dois terços delas”, ressalta o cardiologista Dante Marcelo Giorgi, do Incor.
Mas dá pra controlar.
Basta maneirar no sal, se mexer e tomar os remédios indicados pelo
cardiologista.
“O paciente deve é
seguir a orientação dos médicos, tomar os medicamentos que são fornecidos, que
ele vai poder viver mais e melhor”, afirma o cardiologista.
A pesquisa do
Ministério da Saúde mostrou que as mulheres sofrem mais de pressão alta do que
os homens.