segunda-feira, 23 de maio de 2011

Estudo mostra a resistência dos hipertensos em mudar a dieta


Ao todo, 23% dos brasileiros têm pressão alta, de acordo com o Ministério da Saúde. A doença silenciosa pode causar muitas complicações e até matar.
Um dos grandes vilões da doença está na mesa e, sobretudo, nos alimentos industrializados que comemos sem dar atenção para as informações no pacote. Alguns têm tanto sal que já seria suficiente para preencher toda a necessidade diária. Você sabe qual é o máximo de sal que podemos consumir?
Melhor que o videogame só a batatinha do lanche, mas os meninos seguram a onda.
“Eu sempre dou uma beliscadinha, mas sempre como o suficiente para cada porção”, conta João Victor Xavier, de 13 anos.
Tanto cuidado se explica: os garotos têm histórico familiar de pressão alta.
O grande vilão está bem ao alcance da mão. Difícil é saber e controlar a quantidade de sal que a gente deve colocar na comida. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é uma colher de chá para medir e não pode exagerar.
A questão é o sal que está lá, escondido na bolacha, no salgadinho. Rosy sabia do problema, mas não o quanto ele representava. A doutora Frida Plavnik, que faz parte da Sociedade Brasileira de Hipertensão, inspecionou a geladeira, os armários.
“Cada unidade dentro desse pacote equivale a 8% da quantidade diária que você deve ingerir. Se você consumir uma embalagem inteira, imagine o quanto de sódio você ingeriu sem perceber, e quanto isso te dá de resto para você poder comer ao longo do dia”, explica.
Então o negócio é ficar de olho no rótulo dos produtos: metade do pacotinho de batata tem 3% da quantidade diária de sal que a gente precisa. Uma barrinha de biscoito recheado, 2%.
A dona de casa Rosy Xavier levou um susto com a pipoca. “Ela contou-me que tem 10% de sal de sódio em uma xícara desta pipoca. Não eu não tinha me dado conta disso”, conta.
É o sal, a falta de atividade física e a obesidade que estão piorando a saúde da população em todo o planeta. Um em cada três adultos tem pressão alta, segundo a Organização Mundial da Saúde.
No Brasil, o Ministério da Saúde fez uma pesquisa no ano passado, e 23% dos participantes disseram ter hipertensão. A doença pode causar complicações no sistema cardiovascular e até levar a morte.
“Sete milhões das mortes do mundo são decorrentes da hipertensão. No Brasil, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte e a hipertensão está por trás de dois terços delas”, ressalta o cardiologista Dante Marcelo Giorgi, do Incor.
Mas dá pra controlar. Basta maneirar no sal, se mexer e tomar os remédios indicados pelo cardiologista.
“O paciente deve é seguir a orientação dos médicos, tomar os medicamentos que são fornecidos, que ele vai poder viver mais e melhor”, afirma o cardiologista.
A pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que as mulheres sofrem mais de pressão alta do que os homens.

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